Biografia

 

Vivian Mary Hartley, nasceu dia 5 de Novembro de 1913 , em Darjeling , Índia.  Quando o mesmo, ainda pertencia ao Império Britânico. Filha de Gertude e Ernest Hartley, Vivien veio pra Inglaterra aos 6 anos de idade, onde sua mãe a internou no Convento do Sagrado Coração, ainda que fosse 2 anos mais nova do que qualquer outra aluna. Seu melhor amigo , era um gato que vagava nos corredores do convento, onde depois encontra sua melhor amiga : Maureen O' Suliivan. 

Lá, ela se destacou na dança, no violoncelo e nas peças de final de ano.

De 1927 a 1932, ela se juntou aos pais na Europa. Os Hartley haviam deixado definitivamente a Índia, onde Vivian nascera. Ela aprendeu a falar fluentemente o francês e o alemão, além de fazer um curso de dicção. Em 1932, aos 18 anos, entrou na Academia Real de Artes Dramáticas de Londres; surpreendentemente, no entanto, ela saiu no outono do mesmo ano, quando decidiu se casar. Vivian conhecera e se apaixonara pelo jovem advogado Hebert Leigh Holman, de 31 anos, e os dois se casaram em 20 de dezembro de 1932. Logo em seguida, em 1933, nasceu Suzanne Holman, a filha do casal. Depois, retornou à Academia Real de Artes Dramáticas de Londres para concluir seus estudos e se tornar uma atriz.

 

Vivian fez teste e foi escolhida para um pequeno papel num filme chamado Things Are Looking Up (1935). Embora o papel fosse pequeno, chamou a atenção de um empresário, John Glidden, do qual ela se tornou cliente. Depois, no mesmo ano, veio um filme barato: The Village Squire. John Glidden também criou um nome artístico para Vivian, usando o primeiro nome dela e um sobrenome do marido. Pouco depois, o produtor Sidney Carroll sugeriu que a letra "a", nome Vivian, fosse substituído por uma letra "e", para dar mais feminilidade.

Vivien Leigh estreou nos palcos de Londres interpretando a esposa namoradeira em The Green Sash. A carreira dela deu uma guinada quando ela protagonizou a produção de Sidney Carroll da peça The Mask Of Virtue. A peça, que estreou em 15 de maio de 1935 foi um estrondoso sucesso e, quase da noite para o dia, Viv se tornou o assunto de Londres.

Os elogios da crítica a Viv, unidos a sua incomparável beleza, chamaram a atenção do produtor Alexander Korda, que a contratou por 5 anos. Antes de filmar o primeiro filme do contrato, Viv conseguiu aperecer em mais três peças. Em 1937, Korda estava preparado para trabalhar com sua revelação no filme Fogo sobre a Inglaterra, um filme sobre a rainha Elizabeth I na época da Armada Espanhola. Viv estava entusiasmada com o filme e especialmente contente porque iria trabalhar com Laurence Olivier, um ator que ela e seu marido conheciam socialmente. Laurence Olivier e Vivien Leigh ficaram íntimos demais durante a filmagem, e restava pouca dúvida de que os dois estavam apaixonados. No mesmo ano, ao atuarem juntos na peça Hamlet, no Castelo de Elseneur, local da tragédia de Shakespeare, o sucesso foi enorme, a ponto do príncipe da Dinamarca vir vê-los. Depois disso, os jovens amantes perceberam que havia chegado a hora de falar a seus respectivos consortes do seu amor, e que queriam se divorciar para se casar. Viv deixou definitivamente seu marido e foi morar com Olivier, deixando a educação de sua filha, Suzanne, por conta de sua mãe.

Em 1938, Laurence Olivier foi contratado para interpretar Heathcliff na produção de Samuel Goldwyn O Morro dos Ventos Uivantes (1939). Ele desejava que Viv interpretasse seu par-romântico no filme, que acabou com Merle Oberon. Mais tarde, Viv decidiu que precisava vê-lo, e partiu a bordo do Queen Mary. Dizem que, durante a viagem, ela ficava na cabine, lendo o livro E o Vento Levou, de Margaret Mitchell. Viv não só estava ansiosa para rever seu amado Olivier, mas também planejava conquistar o papel de Scarlett O'Hara, a protagonista do filme E o Vento Levou, de 1939.

Viv dizia que o livro era maravilhoso e que daria um ótimo filme. Ouviram-na até dizendo: "Eu me escolhi como Scarlett O'Hara. O que acha?".

Depois do estrondoso sucesso de E o Vento Levou, Viv protagonizou o filme A Ponte de Waterloo (1940), da MGM. No mesmo ano, ela e Larry [Olivier] fizeram Lady Hamilton, a Divina Dama , o filme preferido do famoso primeiro-ministro Winston Churchill. Durante essa filmagem, souberam que seus respectivos divórcios tinham saído, (mas o ex-marido de Viv ficou com a guarda da filha, Suzanne). Com isso, ela e Larry finalmente casaram-se numa cerimônia íntima em Santa Barbara, no dia 31 de agosto de 1940.

Depois de aparecer numa montagem de The Doctor's Dilemma, Viv fez turnê pelo norte da África para animar as tropas na Segunda Guerra. Ela e Olivier montaram em Londres The Skin Of Our Teeth, de Thornton Wilder, dirigida por Olivier e estrelada por Leigh. A peça foi um estrondoso sucesso mas, três meses após a estreia, Leigh recebeu um diagnóstico de tuberculose e foi obrigada a parar o trabalho e ficar covalescente por oito meses. A saúde de Leigh, sempre frágil, continuou ruim nos anos seguintes.

 

Em 1947, Laurence Olivier foi sagrado cavaleiro e o casal passou a ser Sir e Lady Olivier; os dois tornam-se o casal mais popular da Grã Bretanha, depois dos Windsors.

Em 1949, Viv obteve o papel que só ficaria atrás de Scarlett: o de Blanche DuBois na montagem londrina de Uma rua chamada pecado, de Tennessee Williams. A peça foi dirigida por Laurence Olivier e Vivien Leigh foi coberta de elogios por seu desempenho como a frágil bela do sul.

Quando a Warner anunciou a versão filmada de Um bonde chamado desejo, Uma Rua Chamada Pecado (1951), pensou-se em Olivia de Havilland (com quem Viv havia contracenado em E o Vento Levou) para o papel principal. Mas, ofereceram a Viv, que recebeu cem mil dólares, tornando-se a atriz inglesa mais bem-paga da época

 

 

Vivien Leigh teve um desempenho magnífico em Uma Rua Chamada Pecado e, por isso, foi recompensada com seu segundo Oscar de melhor atriz, mas seu trunfo teve um preço alto; ela diria depois: "Blanche DuBois é uma mulher da qual tudo foi arrancado, uma figura trágica e eu a entendo, mas interpretá-la me fez mergulhar na loucura."

 

Vivien Leigh e Laurence Olivier trabalharam nas peças César e Cleópatra e Antônio e Cleópatra em noites alternadas, para o Festival da Grã Bretanha de 1951. Naquela época, a vida de Vivien estava mudando. Ela, que sofria de tuberculose, também sobreu dois abortos, e foi diagnosticada como maníaco-depressiva. Contudo, o público ainda a amava. Como o ritmo alucinado de trabalho era excessivo, Viv começou a cair em longos períodos de depressão. De fato, ela teve de se afastar do trabalho durante boa parte de 1952. Sua volta ao trabalho, no filme No Caminho dos Elefantes (1953), só piorou as coisas: Viv teve um colapso no set, e precisou ser substituída por Elizabeth Taylor. Em seguida, começaram os boatos sobre a situação de seu casamento com Olivier.

 

Vivien Leigh ensaiava A Delicate Balance, de Edward Albee, em Londres, quando teve uma recaída (causada pela tuberculose que a atormentava havia décadas) e morreu, em 7 de julho de 1967, aos 53 anos quando, além de sua filha, ainda viviam sua mãe e avó. Na época, ela estava morando com o ator John Merivale.